quarta-feira, 9 de março de 2011

Estou no banco! E agora? - parte II


Foi à quatro meses atrás que tive no banco. O dia em que o pastor me colocou no banco foi talvez o dia mais difícil que enfrentei até hoje. Tudo isso porque não quis falar sobre os meus problemas. Estava enfrentando um problema na minha vida sentimental e por ter ficado calada e não pedido ajuda acabei por tomar uma decisão que teve um preço muito alto. Foram os dois meses mais difíceis até hoje, parecia que nunca mais ia acabar.


Naquele momento tive dois tipos de sentimentos: tristeza, por ter que ficar no banco, e ao mesmo tempo vi como uma oportunidade de me concertar com Deus e de investir mais na minha vida espiritual. Os dias se passavam e eu transmitia no meu rosto algo de diferente. As perguntas começaram a surgir por parte das obreiras, dos membros e eu sem querer falar.

Nesse dia tivemos vigília na igreja e aproveitei tanto essa reunião para buscar forças. Sim, porque agora eu estava no meu deserto, deserto esse que fui eu mesma que me coloquei lá e não Deus. Pensei que Deus me iria livrar desse deserto, mas se fui eu que provoquei esse deserto, eu é que tinha que me tirar dele. Então, orei como nunca, me humilhei aos pés de Jesus e fui fortalecida.

Estava consciente do que iria enfrentar e tinha que estar mais alerta, porque é nessa hora que o diabo lançado setas e se não tivermos protegidos vai-nos atingir e vamos ser derrubadas.

Este momento inicial foi mais envolvido por aquilo que as pessoas estavam pensando de mim. Muitos membros me olhavam enquanto eu estava na reunião, muitos obreiros comentavam entre si, pessoas da igreja iam ter com algumas obreiras e perguntavam: "A obreira Ana deixou a obra?" Muitas outras coisas que desanimam. Mas nessa fase Deus falou comigo, que eu não tenho que me preocupar com aquilo que os outros dizem ou pensam, mas com aquilo que Deus pensa de mim e acha de mim.

Não é fácil, mas para mostrar para Deus que não estava preocupada com aquilo que os outros diziam de mim, comecei a sentar na frente, na primeira fila durante as reuniões. Foi difícil, mas Deus foi-me dando forças para aguentar firme.

Quero dizer para vocês com isto, que muita coisa vão ouvir e ver, mas o mais importante é que os vossos olhos estejam postos em Deus e que em vez de ficares preocupada com aquilo que pensam de ti, preocupa-te em saber se Deus neste momento pensa bem ou mal de ti, se Deus neste momento está contente com a tua atitude ou não.

E se estás passando por um problema, não deixes que esse orgulho te domine e pede ajuda, pede socorro, pois estás a impedir que aconteça o pior contigo... a tua queda!

Continuarei mais a falar sobre isso...

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