terça-feira, 22 de novembro de 2011

Quando fui levantada obreira!

É um dia que jamais esquecerei. Dia este que sempre guardo na minha memória. Dia este que conquistei aquilo que com tanto esforço, dedicação e sacrifício alcancei. Não foi fácil chegar até aqui meninas, mas hoje fico feliz por ter tido todas as dificuldades, barreiras que tive que enfrentar para chegar onde cheguei, porque se tivesse sido com facilidade talvez não teria permanecido até hoje.

Para ser levantada a obreira, apenas tive que fazer uma coisa que em uma palavra eu digo o que foi: RENÚNCIA! É uma palavra simples mas na prática ela traz a sua dor, ela traz as suas dúvidas, ela traz a insegurança e se realmente eu não tivesse disposta a renunciar o meu eu, teria ficado no meio do caminho.

Havia dentro de mim um enorme desejo de servir a Deus mas não entendia porque esse dia ainda não tinha chegado. Eu já me tinha libertado, já estava como auxiliar da EBI, já estava evangelizando, enfim...estava me dando para Deus. Mas como Deus nunca erra e não é nEle que está o erro, só poderia estar em mim.

Ainda havia algo que me prendia ao mundo, algo que me impedia de servir a Deus de verdade. Como contei no meu testemunho, eu praticava voleibol que antes de conhecer a Deus era o meu "deus", era a minha vida, nossa meninas, fazia tudo por ele. Foi num dia, que eu me fechei no quarto e abri uma bíblia muito antiga, que era do meu avô quando ele ia na igreja. Na parte detrás da bíblia estava um recado do pastor para o meu avô mas eu entendi que era um recado de Deus para mim. Dizia o seguinte: Faça um jejum de 6 horas durante uma semana pela sua vida espiritual. Não veja televisão, não ouça rádio, leia livros da igreja, medite na palavra de Deus. 


Eu quando li isto meninas eu vi que foi a resposta de Deus para aquilo que estava precisando. Então fiz esse jejum que o pastor escreveu. Olha, não foi fácil. Cada dia eu ficava 6 horas fechada no quarto lendo a bíblia, lendo livros cristãos, ouvia louvores, não via ninguém em casa, ficava somente em espírito. A minha avó sempre me criticava o que eu estava fazendo, chamava-me de fanática, mas aí eu vi que ela como não entende as coisas espirituais o diabo tentava sempre usá-la para me fazer desistir desse propósito, mas eu não dei esse gozo ao diabo!

Comecei numa segunda feira. Na quarta feira da mesma semana eu ia recomeçar os treinos do voleibol para o campeonato desse ano. Foi quando eu ouvi aquela voz me dizendo durante o jejum: "Se tu me queres servir, larga o voleibol!" Quando eu ouvi essa voz, percebi que era Deus me falando e nesse momento comecei a chorar e tentei fugir e fingir que não era isso que Deus me estava a pedir. Mas também percebi que quando Deus fala, não tem como nós fugirmos da sua voz!Sabem o que aconteceu?

Esperem pelo próximo capítulo!

Um abraço!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Meu testemunho - parte II

Continua...

Mesmo eu vivendo essas situações todas, eu ia na igreja. Quando no Domingo não tinha jogo de voleibol, a minha avó me obrigava a ir na igreja e eu ia. Ficava a reunião todas com os olhos abertos, sempre vendo a hora da reunião acabar, não prestava atenção na pregação e nas reuniões de libertação ficava zombando das pessoas manifestadas, sem ter consciência que um dia iria estar como elas.

O tempo foi passando, as coisas em casa só pioravam, continuava sendo enganada pelos rapazes, a minha mãe entregue ao vício e chegou um ponto que tive vontade de morrer. Não queria mais ter que passar por aquelas noites que eu ficava chorando depois de ter brigado com a minha avó. Não aguentava mais e quis por fim à minha vida.

Acontece que, como já não tinha nada a perder, eu estava nas reuniões de Domingo e a minha mente começou a abrir-se. Comecei a prestar atenção na palavra de Deus e foi nesses momentos que nasceu em mim o desejo de me entregar a Deus.

Fui participando das reuniões e já não era como antes, mas agora eu participava determinada e com a decisão de que a minha vida tinha que mudar. Aí, á medida que fui participando das reuniões, eu fui mudando, as brigas em casa pararam, eu lutei pela minha libertação, enfim...tive um processo de 1 ano para me libertar, ter um lar abençoado e a minha mãe liberta do vício.

Isso aconteceu porque houve dentro de mim uma decisão. Vocês vêm o poder que a decisão tem não é verdade? Eu decidi que não queria mais aquela vida para mim, decidi que eu tinha que mudar também. Quando olhava para mim, já via uma Ana que se dedicava á oração, ao jejum, agora era eu que sempre puxava pela minha avó para ir na igreja e houve uma altura em que não dependia mais da minha avó para ir, eu ia mesmo sozinha, porque eu sabia o que eu queria e o que tinha que fazer para alcançar.

Depois desse processo todo de libertação, veio o desejo de ter um encontro com Deus. Me baptizei nas águas e decidi que agora era hora de ter o meu encontro com Deus. Foi aí que entrou Fogueira Santa de Israel. Sacrifiquei a minha em prol do Espirito Santo e um mês depois da campanha fui baptizada com o Espírito Santo.

E claro, a primeira coisa que a pessoa ganha quando é baptizada com o Espírito Santo é ganhar almas. Então desde esse dia nasceu o desejo de fazer a obra de Deus.

Estarei contando como foi o processo para ser obreira.

Fiquem atentas!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Meu testemunho

Bem meninas, estava pensando, que das coisas que tenho publicado aqui no nosso manual, ainda não vos contei o meu testemunho. Como era a Ana Margarida antes de conhecer o Senhor Jesus. Para além do estudo, estarei aqui colocando todo o meu processo de conversão.

Tive uma infância complicada. A minha mãe quando se juntou com o meu pai entrou no mundo do álcool juntamente com o meu pai. Isso fez com que eu e o meu irmão vivesse-mos no meio da miséria, morávamos em barracas, e a assistir à violência doméstica que a minha mãe sofria por parte do meu pai.

Quem me dava de comer eram os meus avós pois todo o dinheiro que a minha mãe ganhava gastava no álcool ou então o meu pai roubava. Até um dia que a minha avó decidiu levar-me para casa dela e viver com ela até aos dias de hoje. Entretanto, os meus pais separaram-se, a minha mãe estabilizou a sua vida. Arranjou emprego, casa mas continuava no vicio do álcool.

Acontece que à medida que ia crescendo, a revolta de viver assim e da vida que os meus pais me tinham dado também crescia dentro de mim. Passei a ser uma criança revoltada com as pessoas à minha volta, especialmente os meus pais. Essa revolta fez com que eu me tornasse uma jovem rebelde, violenta verbalmente, pois havia muitas discussões em minha casa com a minha avó. Revolta de nunca ter tido uma família normal, uma casa normal onde podia ter o meu quarto, o meu espaço, revolta de ver a minha mãe a perder-se pelo mundo do álcool.

O tempo passou e essa revolta negativa fez eu envolver-me com as más companhias, o desejo de conhecer o mundo nasceu dentro de mim e entreguei-me ao mundo por completo. A minha avó sempre me levava na igreja quando eu comecei a morar com ela, mas cresci e queria era o mundo.

Meninas conheci o mundo por completo e como praticava desporto, voleibol, então estava sempre viajando e conhecia e experimentava muita coisa. Queria fazer a minha vontade e como ainda tinha apenas 13 anos dependia da minha avó e como ela tinha conhecimento da palavra de Deus, impedia-me de viver pelo mundo e contrariava-me. Meninas...isso me irritava profundamente, porque eu queria fazer o que eu queria. Então isso fez haver uma relação de ódio da minha parte pela minha avó. Eu comecei a odiá-la.

Quando queria sair à noite fugia de casa e não aparecia ou então mentia muito para conseguir o que queria. Dizia que ia para casa de uma amiga da minha mãe, porque a minha avó não me deixava passear, estar e dormir na casa da minhas "amigas" do mundo, então dizia que era para casa de uma amiga da minha mãe para ela deixar.

E assim era, mundo da noite, envolvia-me com os rapazes errados, o voleibol, que era a minha paixão, o meu deus por assim dizer, levava-me a conhecer os rapazes errados que só queriam usar-me e sempre me magoavam com traições, enganos, etc.. As más companhias que sempre me levavam pelos caminhos errados e cada vez que chegava em casa havia sempre brigas com a minha avó. Brigas até de madrugada ao ponto de os vizinhos virem ver se estava tudo bem. Gritava tanto com a minha avó, dizia-lhe tantas coisas horríveis e houve momentos que lhe tentei bater, nunca chegou a acontecer, mas tentei, ou então quando estava na casa da minha mãe tinha que a ver bêbeda.

Continua...